Resenha: Delírio (Lauren Oliver)

• Autor: Lauren Oliver
• Páginas:  342
• Ano: 2012 (1º edição)
• Editora: Intrínseca
• Avaliação: 3/5 
• Compare&Compre: aqui

Sinopse: Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?.

Antes de começar essa resenha, quero explicar porque eu estou resenhando tantos livros da  Intrínseca. A saraiva, anda fazendo umas super promoções ultimamente e a maioria dos livros são realmente da Intrínseca, então eu realmente saí comprando vários, como são livros  pequenos 200-300 páginas, eu acabo lendo bem rapidinho e resenhando aqui para vocês, não é que a Intrínseca seja minha editora queridinha, eu para falar verdade nem tenho preferência, a razão é $$$$ mesmo hahaha, mas vamos a resenha!

Lena Haloway é uma jovem irritante de 17 anos, que ao completar 18 anos enfrentará um procedimento de cura, de algo que é considerado uma doença. Sim, acreditem esse algo é o amor e eu achei isso bem bizarro. Sim eu já deveria saber disso quando comprei o livro né? Mas não, eu ouvi pessoas dizendo que era bom e comprei, na verdade é muito difícil eu ler a sinopse de um livro, gosto de ser surpreendida e a sinopse sempre da uns spoilers de leve rs.

"Uma escolha limitada," Ela me corrigiu. " Nós temos que escolher entre as pessoas que foram escolhidas para nós"
"Toda escolha é limitada,"disse. " Assim é a vida" 

Nessa sociedade todos acreditam que o amor é o motivo da decadência da vida humana, que muitas doenças que pessoas davam vários nomes na verdade são relacionadas a esse sentimento, que acaba fazendo as pessoas terem atitudes loucas e agirem sem pensar e acabam as vezes até morrendo por isso. Claro que existem aquelas pessoas que resistem ou que são imunes ao procedimento médico e acabam sofrendo de "deliria" que é como chamam a doença. Por causa dessas pessoas que Lena é tão traumatizada, uma vez que na família dela existe uma que sofreu da doença e ela paga as consequências dias até hoje, sendo assim Lena conta os dias para a data da sua cura. Inicialmente. Sim inicialmente, porque depois de alguns acontecimentos ela passa a contar os dias temendo que a cura aconteça e não para ser salva por ela.

"Os curados, incapaz de sentir fortes desejos, são portanto livrados de lembranças e da dor futura"

Eu achei a Lena uma personagem bem chatinha na maior parte do livro, mas isso é compensado com a Hana que é a melhoreúnica amiga da Lena. Ela engraçada, gosta de sair das regras e a Lena fica sempre repreendendo ela por tudo isso e acaba me irritando. Alex é outro personagem que eu adoro, muita gente não gosta dele mas... eu acho ele um amor!! Recusaria a cura por ele sem pensar duas vezes hahahahaha

"É nessa hora que você realmente perde as pessoas, você sabe. Quando a dor passa."

Tenho que admitir que a leitura de delírio foi bem arrastada, não no sentido de eu ter ficado vários dias para ler o livro e sim no sentido de eu me estar tediada lendo mais da metade dele. Mas tudo muda no final, onde várias revelações são feitas, onde o livro finalmente tem um pouco de ação e quando você estava quase dormindo em cima dele desperta de repente e devora até acabar! O final foi tão desesperador que eu fui correndo ler Pandemônio (segundo livro da trilogia), mas isso é assunto para outra resenha.

"Eu levo seu coração comigo. Eu o levo no meu coração. Eu nunca estou sem ele..."

Mesmo tendo gostado do livro de maneira geral, não pude deixar de achar algumas coisas nessa sociedade bem absurdas. Ainda não entra na minha cabeça como o amor pode ser uma doença, e quando as pessoas passam pelo procedimento de cura ficam completamente alienadas, só querem fazer as coisas todas certinhas... se importam com o que é correto e não com pessoas que são importantes. É tudo uma obrigação, nada é realizado por um simples prazer. Quando a pessoa é curada do amor, não é só a capacidade de amar que se vai, é a capacidade de ser feliz de maneira natural. E ainda tem a questão de serem completamente vigiados, de ter toque de recolher para menores de 18 anos, de pessoas serem mal vistas só por dar um abraço mais forte em alguém... enfim, não consegui achar isso bacana... achei na verdade muito "viajado" e quase desisti da leitura. Mas a questão é : Ainda bem que não desisti rs.

A narração é em primeira pessoa, sob ponto de visto da Lena e eu não gosto de estar na cabeça dela para ser sincera rs. A arte de capa é linda, o livro é metálico. A diagramação é simples, porém muito bem feita. É um livro que vale a pena ter na estante. Não vejo a hora de comprar Pandemônio físico (tenho ebook), para por na estante jundo de Delírio. Para quem gosta de livros que te surpreendam e de fortes sentimentos, é super recomendado. A parte distópica, bem... Se você gostar de distopias e não achar alienado esse lance de amor, também recomendo super ;)

 (...) Acho que isso é só parte de amar as pessoas: você tem de desistir de algumas coisas. Algumas vezes você tem de desistir delas.