(Resenha) Invisível - David Levithan e Andrea Cremer


Edição: 1
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501403223
Ano: 2014
Páginas: 322
Stephen passou a vida do lado de fora, olhando para dentro. Amaldiçoado desde o nascimento, ele é invisível. Não apenas para si mesmo, mas para todos. Não sabe como é seu próprio rosto. Ele vaga por Nova York, em um esforço contínuo para não desaparecer completamente. Mas um milagre acontece, e ele se chama Elizabeth. Recém-chegada à cidade, a garota procura exatamente o que Stephen mais odeia. A possibilidade de passar despercebida, depois de sofrer com a rejeição dos amigos à opção sexual do irmão. Perdida em pensamentos, Elizabeth não entende por que seu vizinho de apartamento não mexe um dedo quando ela derruba uma sacola de compras no chão. E Stephen não acredita no que está acontecendo... Ela o vê! Stephen tem sido invisível por praticamente toda sua vida - por causa de uma maldição que seu avô, um poderoso conjurador de maldições, lançou sobre a mãe de Stephen antes de ele nascer. Então, quando Elizabeth se muda para o prédio de Stephen em Nova York vinda do Minnesota, ninguém está mais surpreso do que ele próprio com o fato de que ela pode vê-lo. Um amor começa a surgir e quando Stephen confia em Elizebth o seu segredo, os dois decidem mergulhar de cabeça do mundo secreto dos conjuradores de maldições e dos caçadores de feitiços para descobrir uma maneira de quebrar a maldição. Mas as coisas não saem como planejado, especialmente quando o avô de Stephen chega à cidade, descontando sua raiva em todo mundo que cruza seu caminho. No final, Elizabeth e Stephen devem decidir o quão grande é o sacríficio que estão dispostos a fazer para que Stephen se torne visível - porque a resposta pode significar a diferença entre a vida e a morte. Pelo menos para Elizabeth...

Com Invisível eu aprendi que preciso parar de ler as obras sem ler a sinopse antes. Até mesmo quando leio resenhas eu costumo pular a parte da explicação da história, quando acho que o livro pode ser interessante, e ler apenas a opinião do blogueiro sobre. E foi assim que eu quebrei a cara com invisível. Quando falei que queria ler, pensei que seria algo do tipo Will&Will, algo mais reflexivo, que o personagem não seria de fato invisível, mas meio que me peguei no meio de uma fantasia, que apesar de ter alguma reflexão aqui e ali, acabou me parecendo bastante bizarra.  Mas porque eu geralmente evito sinopse? Porque tem spoiler pra caramba! Já peguei um terrível em uma, enfim... Vamos a história.



Stephen, nosso protagonista, é invisível. Mas é invisível mesmo, ele não se sente invisível, não se sente infinito nem nada do tipo. Ninguém é capaz de  enxerga-lo, nem os pais e nem ele mesmo. Nunca viu o próprio rosto, não tem ideia da cor de seus olhos ou de seu cabelo. O que me faz questionar como a mãe dele o vestia, aliás... como sabia que a roupa iria dar nele e como o mesmo consegue fazer isso, mas melhor não se apegar aos detalhes. É de se imaginar que ele tenha uma vida bastante solitária e é isso mesmo que acontece, antes de sua mãe falecer ele só contava com a companhia dela (seu pai só ajudava financeiramente). Agora ele está completamente sozinho no mundo... Vagando por aí observando tudo ao seu redor mas sem poder participar de nada. Ou talvez participe indiretamente, a questão é : Ninguém sabe sobre ele. Até aparecer Elizabeth, que milagrosamente é capaz de enxergá-lo. Nem preciso dizer que ele fica em estado de choque quando isso acontece, né?

Mas como para Elizabeth ele é apenas um cara normal,  o acha bastante mal educado, afinal está toda enrolada com várias sacolas que acabaram de cair no chão e Stephen nem se oferece para ajudar. Primeiro contato bastante embaraçoso que acabou se tornando algo bem especial... Até Elizabeth descobrir o segredo de Stephen e tudo virar uma confusão (fantasiosa) imensa.

Juro. Sério eu JURO que tentei gostar do livro. Primeiro porque eu amo a narrativa do David Levithan, é um autor que eu admiro bastante. Não conheço Andrea Cremer e não me pareceu  que Invisível tenha sido escrito como foi Will&Will (David Levithan e John Green), com cada autor responsável por um personagem/capitulo em especial, porque honestamente me parecia tudo David Levithan. Provavelmente os autores trabalharam juntos em todas as páginas, ou eu posso estar enganada... A questão é que minha paixão pelo David não me ajudou a apreciar a leitura de Invisível.

Os personagens cativantes estavam lá, a narrativa super gostosa ( e responsável por eu ter lido tão rápido) também estava presente, mas eu não acho que estava preparada para encontrar tantos elementos fantasiosos na obra. Não vou entrar em detalhes  para não estragar a leitura de vocês, mas admito que teve momentos em que me senti em Hogwarts, o que seria agradável... Se estivesse lendo Harry Potter.

Mas como disse no paragrafo anterior a obra possui aqueles elementos que te seguram. Começando pela narrativa que é super leve e agradável, feita em primeira pessoa sendo que sob 2 pontos de vista, Elizabeth e Stephen, intercalados. Me apaixonei pelo Stephen. É o tipo de personagem super amorzinho e clichê, tirando o detalhe da invisibilidade, que mesmo sendo comum toda mulher/garota deseja ter em casa quando termina a leitura ( Olá, se você estiver por aqui Stephen pode falar, não me importo com sua invisibilidade). Elizabeth e seu irmão (sensacional irmão, responsável pelo toque de comédia da obra) Laurie, também são super cativantes... Só que completamente irreais. São dois personagens que você jamais será capaz de visualizar em uma situação real, porque honestamente, eles aceitaram tudo fácil demais e seres humanos não são assim.

Ainda assim indico a leitura para os fãs do autor, evidentemente, e para aqueles que estão buscando uma fantasia leve para relaxar antes de dormir, ou em uma tarde de domingo.

PS: Nem preciso dizer que a capa é linda, né? Galera Record não decepciona nunca quanto o assunto é capa.

- Plantão de notícias - diz ele (Laurie). - Eu sou gay, não um feiticeiro. Quem é gay e feiticeiro é Dumbledore, e, da ultima vez que verifiquei ele ainda era só um personagem de livro.

- Quando você pula, tudo o que vai fazer é cair. Mas e quanto a se jogar? Se jogar é quando vocÊ acha que tem alguma coisa do outro lado. 





7 comentários:

  1. Olha Paula, também costumo evitar sinopses por medo de spoilers. E quando leio tento tratar de esquecer logo. Mas você foi a primeira que vi que não gostou tanto do livro, o que me deixou ainda mais curiosa. [rs] Ótima resenha.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  2. Estou muito curioso pro livro agora, sua resenha me deixou assim. Quando a pessoa não gosta do livro, eu quero saber mesmo o porque não gostou quando ler. Ai sou do contra kkkk

    Abraço
    http://penelopeetelemaco.blogspot.com.br/

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  3. Oi Paula, tudo bem?

    Sério que é fantasia (também não leio sinopses nem resumos) NUSS! Eu achava que seria um livro estilo "As Vantagens de Ser Invisível"... Fiquei decepcionado e curioso ao mesmo tempo... Vou ler e depois te falo o que achei. Beijos!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/

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  4. Olá! Ainda não conhecia o blog, mas visitei a partir do blog Fofocas Literárias e gostei muito, já estou a seguir! :)
    Beijinhos,

    johnsreportblog.blogspot.com

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  5. Oi Paula, tudo bem?
    Te entendo muito viu, eu geralmente também não leio as sinopses antes de ler os livros, porque elas dão informações demais o que as vezes acaba comprometendo a leitura. Mas por outro lado nós podemos nos enganar com o livro que estamos comprando assim como você.
    Eu já li resenhas sobre esse livro e nas que eu li as blogueiras deixaram bem claro que o personagem realmente era invisível! Mas todas as que eu li as opiniões foram super positivas, as pessoas parecem estar gostando bastante desse livro. Pena que ele não tenha te agradado, é muito triste quando algo assim acontece...

    Beijão ;*
    http://www.livrosesonhos.com/

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  6. A cada resenha que eu leio desse livro, fico com mais vontade de lê-lo! Não vejo a hora de adquiri-lo. Espero que eu goste do livro e não aconteça o que aconteceu com você. A capa é maravilhosa mesmo!
    Beijos
    Tão doce e tão amarga.



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  7. Estava procurando uma imagem do livro para ilustrar minha resenha e acabei chegando neste post. Blé, desgostei do livro tanto quanto você. Nem se compara ao maravilhoso Will e Will, ou até mesmo Todo Dia. Verdadeira decepção.

    Bjs!

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