(Resenha) Se alguma vez... Meg Rosoff

Um encontro com a morte transforma a vida de David Case. Convencido de que o destino não lhe reserva nada de bom, David decide se reinventar e tornar-se, assim, irreconhecível para o destino e salvar-se de seu sofrimento certo. Ele passa a ser Justin Case, com uma aparência totalmente nova e uma paixão crescente pela sedutora Agnes Bee. Com seu galgo cinzento imaginário a reboque, Justin luta para manter sua nova imagem e, acima de tudo, sobreviver em um mundo onde as reviravoltas do destino o aguardam em cada esquina.

Li muitos livros incríveis estes dias. Podem observar que a maioria das ultimas resenhas foram 5 estrelas, mas, apesar de ter uma premissa super interessante, Se alguma vez... comigo não funcionou.

David Case é um daqueles comuns adolescentes que não chamam atenção alguma na escola. Sabem aquele drama de livro/filme de colegial americano? Então, é o caso. Mas depois de uma experiência de quase morte do seu irmão, ele começa a refletir sobre o destino. A pensar que o destino controla tudo e decidiu que queria enganá-lo. Segundo David Case, se ele mudasse completamente ele poderia dar um drible no destino. Então se tornou Justin Case e com a ajuda de Agnes Bee, mudou completamente seu visual.

Mas, sejamos sensatos, isso não vai dar certo. Não tem essa de enganar o destino ou qualquer coisa parecida. Mas David/Justin é um cara perturbado. Problemático. Chato e vai demorar um pouco para entender isso. Na verdade eu diria que ele precisa desesperadamente de tratamento psiquiátrico. Claro que certos acontecimentos ajudaram para que ele ficasse meio "pirado" , mas ainda assim achei as atitudes dos personagens meio exageradas.



Podem observar que mal comecei a narrar o que acontece no começo do livro e já comecei a opinar sobre. Acontece que a leitura aconteceu da mesma maneira. Lia um capitulo, parava e refletia/reclamava sobre o que tinha acabado de acontecer. E por mais que eu tenha ficado encantada com a narrativa da autora, a chatice do protagonista e a falta de bom senso dos pais dele meio que me deixaram bastante irritada.

Sabe aquele tipo de pais que não possuem controle algum sobre a vida dos filhos? Que não possuem o famoso "desconfiômetro"? David Case está obviamente deprimido, há um bom tempo, e ninguém enxerga isso. Pior. Quando ele começa a mostrar sinais claros de que está com sérios problemas, os pais dele simplesmente deixam ele dormir dias e dias na casa de uma garota não tão bem conhecida, e quando a garota (no caso a Agnes) não quer mais ser responsável pelas loucuras dele, ele vai para a casa do melhor amigo e tudo fica por isso mesmo. Sério? Um adolescente resolve ficar morando na casa de uma garota mais velha e depois do melhor amigo e tudo bem para a família? Sem noção alguma.

E então vem a Agnes que é outra pessoa meio sem noção, incapaz de falar para os pais do David que o garoto está com sérios problemas e "deixa tudo por isso mesmo". A única pessoa meio normal ali é o melhor amigo em questão, mas ele também deveria ter falado algo, mas também deixou as coisas por baixo dos panos.

Então porque as 3 estrelas, Paula? Porque achei a autora criativa, mesmo que tenha me deixado bastante irritada. A narrativa é bem simples, em terceira pessoa  mas a forma simples dela é bastante instigante. Sem contar que até o Destino participa da "brincadeira" e os pensamentos "dentro da cabeça" do irmão mais novo do David Case são sensacionais. Eu chegava a ficar ansiosa para algum dos dois (destino ou bebê) entrarem em cena, porque olha... aturar o David é um negócio complicado.

Gostei da capa, trabalho da Galera Record na diagramação sempre é muito bom. Acho que quem gostou de O apanhador no campo de centeio, realmente vai gostar do livro. Não é só algo para chamar atenção na capa. Como eu também não curti o clássico, bem... acho que já era de se esperar, né? Ainda acho que o livro tinha potencial de ser melhor mas... talvez o problema seja eu, rs.



6 comentários:

  1. cara eu nem conhecia esse livro, mas não leria. sei lá, achei meio sem graça '-'
    Seguindo o Coelho Branco

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  2. que capa linda ,kkk beijos
    livro-azul.blogspot.com.br

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  3. Não sei se o problema foi você, mas eu não vou me arriscar com esse livro..
    Sério, ele pareceu ser tão chato e sem noção! Pode até ser que existam pais assim no mundo, mas é algo tão fora da realidade que nem da para imaginar.

    Beeijinho. Dreeh
    Blog Mais que Livros

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  4. Queria ler esse livro, mas é triste saber que os personagens são tão sem noção. Mas talvez essa tenha sido a intenção da autora, pois tem muitos pais que não enxergam os problemas dos filhos mesmo sendo coisas óbvias. Ótima resenha.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  5. Ai, essas famílias sem noção me irritam muito nos livros também. A capa é bem fofinha, mas confesso que a premissa não tinha chamado minha atenção. Tinha achado tudo meio sem pé nem cabeça demais, sabe? E pelo visto é tipo isso mesmo kkkk ninguém merece personagens chatos. Vou passar essa leitura.

    Beijinhos
    http://escolhasliterarias.blogspot.com.br/

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  6. Li duas resenhas sobre esse livro e as duas totalmente diferentes! kkkk O negócio vai ser eu ler e criar minha própria opinião. Adorei a resenha. Bjoks da Gica.

    umaleitoraaquariana.blogspot.com

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