(Resenha) Um novo amor à vista - Cláudio Quirino

• Edição: 1• Editora: Kindle Edition
• ISBN: B00HQ05ST0
• Ano: 2014
• Páginas: 160
Sinopse: Darla é uma típica mulher moderna brasileira – determinada, trabalha, pega condução, tem seus sonhos secretos e ainda está enquadrada na categoria consumidora compulsiva, mas só tem um probleminha: o seu pequeno salário não é suficiente para as suas grandes necessidades. Diariamente tentada pelas propagandas das grifes e incapaz de ignorá-las, ela sempre acaba indo ao encontro de inúmeras bolsas Gucci, burberrys, sapatos Prada, óculos Dolce & Gabbana e suas próprias extravagâncias. Para variar, o seu namorado de seis meses – Greg – acaba de sair de casa e abandoná-la. Disposta a controlar a sua solidão comprando (mesmo que, para isso, seu nome continue no vermelho), Darla vai, aos poucos, se envolvendo numa série de situações divertidas, otimistas e surpreendentes, capazes de arrancar risadas, à medida que seus pensamentos se decifram aos olhos do leitor. Um Novo Amor à Vista trata, em primeira mão, de cada um dos principais dilemas que afetam o universo feminino e trabalha a autoestima, com um tom cômico, sincero e espontâneo. Em seu primeiro romance chick-lit, Cláudio Quirino revela um mundo completamente familiar e entrega personagens marcantes, simpáticos e um primeiro livro planejado.

Conheci o autor Cláudio Quirino quando ele entrou em contato comigo para falar do livro Um novo amor à vista.  Só costumo fazer parcerias com autores se tiver uma boa probabilidade de gostar do livro a ser resenhado e como era Chick Lit, não tive que pensar duas vezes. Acontece que as coisas não saíram muito bem como eu planejava. A resenha vai ser curtinha, porque o livro é realmente pequeno, mas vou contar o que é importante.

Darla é, o que o autor chama, uma típica mulher moderna brasileira. Ela é vendedora em uma loja e mesmo sendo apenas uma vendedora (não sei como, já que conheço os preços desses itens de grife) é compulsiva por marcas como Gucci, Burberrys, sapatos Prada, óculos Dolce & Gabbana. Seu namorado, Greg, acabou de acabar o relacionamento e maneira abrupta e ela se encontra super deprimida, desabafando com suas melhores amigas.

Enquanto, para "curar a tristeza" do fim do relacionamento, estava fazendo compras com suas amigas, decide sair da loja, comprar um livro e ir para a casa. Acontece que ela não tem crédito nem para um livro. Então ela volta para casa desolada, deprimida e quem aparece? Sim, Greg. Na maior cara de pau. O pior? Ela o deixa entrar e bem... não preciso explicar o que acontece depois. Acontece que na manhã do dia seguinte ela acha que tudo foi um sonho, descobre o que não queria descobrir sobre o fim do seu relacionamento e o manda embora.

Ao chegar na loja onde trabalha (atrasada) é chamada na sala do seu superior, quando acha que vai levar uma bronca ou até mesmo ser demitida ela na verdade é presenteada com uma viajem por ter o maior índice de vendas a um bom tempo. E é nessa viajem que tudo acontece...

Tenho uma coisa positiva e algumas, que para mim, foram negativas. Mas vamos começar com a coisa boa!
A história te surpreende, você espera que vai ser mais um daqueles romances clichês, espera que a Darla vai encontrar o seu novo amor em uma situação clichê... acha que ela vai começar algo com alguns homens que aparecem antes e quando menos espera, acontece.  É bacana ler um romance assim, porque, honestamente, na maioria dos romances sabemos o que vai acontecer na próxima página com antecedência.

Mas então vem o lado negativo, que realmente me irritou muito. A Darla é tudo que eu acho que uma mulher não deve ser. E outra questão, associada a essa, fez com que a leitura não fosse tão agradável : Sou muito feminista, e , na minha interpretação, pareceu que insinuava que todas as mulheres tipicas são como ela e eu não posso concordar. Porque a Darla da minha leitura me pareceu consumista, um tanto invejosa, impulsiva, com fobia de  ficar sozinha... síndrome de carência, dando um ar de que PRECISA de um homem para ser feliz. Não consegui entender o quê de moderno há nela, porque parece aquele tipo de mulher que deseja um bom marido acima de tudo e fica desejando a vida das amigas, o dinheiro das amigas, as roupas das amigas... E não corre atrás de nada para melhorar sua própria condição, melhorar seu salário e sua vida por conta própria. Que tal terminar aquela faculdade que largou? Parece mais uma mulher de algumas décadas atrás, honestamente. Sem contar que alguém viciada nas marcas que citei anteriormente jamais teria dividas menores do que uns 5 mil, tendo apenas um salário de vendedora. Ela come e paga as contas básicas (água, luz, etc) como? Não rolou, talvez se fosse só consumista encaixaria mais. Colocar tantas marcas tão caras fez com que essa parte ficasse bem forçada.

Por outro lado eu gostei bastante da narrativa do autor, gostaria de ler algum outro tipo de livro dele. Esse Chick Lit para mim, realmente, não rolou. Agora se observarem a média do skoob, podem ver que é acima de 4, talvez não tenha funcionado só comigo mesmo.

Minha Avaliação : 2/5
Média do Skoob : 4.3/5


6 comentários:

  1. Olá Paula, como vai?
    Eu realmente nem sei o que dizer, ficou uma ótima resenha. Eu gosto do gênero e também me irritaria de acordo com o que você disse sobre o livro.
    Como assim deseja o que é dos outros sem correr atrás e a carência então, ia mesmo decepcionar com o livro, mesmo assim parece uma leitura gostosa e que da para terminar não desistir.

    Beijos
    De tudo um pouco da Thá

    ResponderExcluir
  2. Olá! Nem conhecia esse livro , mas agora que conheci... Nao sei, me lembrou um pouco a Becky Bloom mas de uma forma meio nada a ver sabe?
    Nao acho que seja assim a mulher moderna brasileira, acho que tb ficaria braba rsrs
    mas acho que dá pra ler.. nao sei, isso depende como voce mesmo disse
    tem alguma distopia para me indicar?? voce gosta bastante pelo que comentou :D
    Um beeijo!
    Pâm - www.interruptedreamer.com

    ResponderExcluir
  3. Oi.
    Tenh muita curiosidade sobre o livro e curti bastante a resenha haha adoro chick-lit <3

    Beijos
    Comente:
    realityofbooks.blogspot.com.br/2014/02/resenha-tapete-vermelho-m-s-fayes.html

    ResponderExcluir
  4. Oi amiga!

    Realmente, ver a mulher moderna ser retratada dessa forma é revoltante, não sei se eu conseguiria me dar bem com a história. Mas pelo menos o romance não é clichê, né? E com uma média alta no Skoob, pode ser que eu arrisque a leitura. Veremos!

    Beijos
    http://escolhasliterarias.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  5. Oi amiga!

    Realmente, ver a mulher moderna ser retratada dessa forma é revoltante, não sei se eu conseguiria me dar bem com a história. Mas pelo menos o romance não é clichê, né? E com uma média alta no Skoob, pode ser que eu arrisque a leitura. Veremos!

    Beijos
    http://escolhasliterarias.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  6. Como também sou feminista, provavelmente me irritaria com os pontos que você abordou. Mas pelo menos surpreende, o que é bom. Ótima resenha.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir

Página Anterior Próxima Página Home