Luiza é incrivelmente verdadeira, expondo com sinceridade suas entranhas. - Fernando Henrique Cardoso
Eu sabia, timidamente, que estava no mundo para ir longe. Para ousar. Transmitir, mudar. - Luiza Brunet
Luiza Brunet sempre foi ícone de beleza. Desde que surgiu nas capas de revistas nos anos 80, tornou-se símbolo da mulher made in Brasil, com traços, jeito e pele de quem nasceu no Pantanal, em contato com a natureza, pés no chão, Índia, brasileira. Nos primeiros anos, era símbolo sexual, a mulher ousada que não se furtava posar sem roupa no estúdio, na praia ou em plena Times Squere. O tempo passou e Luiza é protagonista de uma travesti que poucas são capazes de empreender. De objeto de desejo, converteu-se em objeto de admiração para homens e mulheres. Hoje é ícone de elegancia e de independencia - modelo, mãe, e empresaria de sucesso. No depoimento à jornalista Laura Malin, ela narra, com destemor, as dificuldades enfrentadas em sua infância no Mato Grosso e o inicio de sua vida no Rio de Janeiro. É uma Luiza revelada por inteiro - um símbolo de beleza que, a partir de agora, se afirma em definitivo como símbolo de superação, integridade e coragem.
Autora:Laura Malin nasceu no Rio de Janeiro, em 1974. Durante a infância, morou na California e em Paris. Formada em jornalismo pela PUC-RJ, a autora escreve roteiros de cinema e televisão e tem três romances publicados. Luiza Brunet é sua segunda biografia.
Trecho:
Era para eu me chamar Amélia. Meu pai queria fazer uma homenagem
dupla: a ele próprio e à minha avó. Minha mãe não gostou:
“Amélia Luiza Botelho da Silva, não! Põe só Luiza!” Naquela época, ela
ainda não sabia que Luiza era também o nome de uma ex-namorada
dele. Ou melhor, de uma ex-amante. Foi assim com a maioria de nós:
Lúcia, eu, Leid, Lucenir, Luciana. Não sabemos – e já não saberemos
mais – até que ponto isso é verdade. Se esses nomes todos começados
pela letra L eram um desfile de ex-afetos do meu pai. Minha mãe
acatou, ingênua.
Meus pais se conheceram em Benfica, subúrbio do Rio de Janeiro.
Mamãe estava de férias com uma das onze irmãs, a casa de meu
pai ficava logo ao lado. Ele era noivo de outra garota, mas se encantou
com ela, terminou o noivado e, quando mamãe voltou para
São Sebastião do Alto, no interior do estado do Rio de Janeiro, foi
atrás. Era carnaval, ela tinha 16 anos e era a temporã da família.
Estava acostumada com um pai rígido, delegado, mas era tratada
como princesa: costurava, bordava, estudava, tocava piano. Quando
chovia, corria para se molhar, depois pegava tanajura, brincava de
amarelinha, pega-pega, ciranda de roda. Quando voltava para casa,
molhada, levava bronca e surra de cinto. Lugar de moça de respeito
era atrás da janela da sala.
(...)
Oi Paula.
ResponderExcluirEntão, não sou muito de ler biográfias, não faz meu gênero.
Mas não conhecia nem a autora e nem o livro.
Mariana - WTF. [{ Sobre livros,filmes e séries.}]
fiz meu layout no cor seletiva também.
ResponderExcluirIgual você. :)
Legal pra quem é fã. :)
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/