Novidades : Luiza Brunet, de Laura Malin

Hoje é dia dos autores nacionais e, a noite teremos uma resenha do livro Pluvia da Erica Azevedo. Por hora, fiquem com essa novidade bacana da editora Sextante, pelo selo Primeira Pessoa e com lançamento previsto para o inicio de dezembro ;)

Luiza é incrivelmente verdadeira, expondo com sinceridade suas entranhas. - Fernando Henrique Cardoso
Eu sabia, timidamente, que estava no mundo para ir longe. Para ousar. Transmitir, mudar.   - Luiza Brunet 
Luiza Brunet sempre foi ícone de beleza. Desde que surgiu nas capas de revistas nos anos 80, tornou-se símbolo da mulher made in Brasil, com traços, jeito e pele de quem nasceu no Pantanal, em contato com a natureza, pés no chão, Índia, brasileira. Nos primeiros anos, era símbolo sexual, a mulher ousada que não se furtava posar sem roupa no estúdio, na praia ou em plena Times Squere. O tempo passou e Luiza é protagonista de uma travesti que poucas são capazes de empreender. De objeto de desejo, converteu-se em objeto de admiração para homens e mulheres. Hoje é ícone de elegancia e de independencia - modelo, mãe, e empresaria de sucesso. No depoimento à jornalista Laura Malin, ela narra, com destemor, as dificuldades enfrentadas em sua infância no Mato Grosso e o inicio de sua vida no Rio de Janeiro. É uma Luiza revelada por inteiro - um símbolo de beleza que, a partir de agora, se afirma em definitivo como símbolo de superação, integridade e coragem.
Autora:
Laura Malin nasceu no Rio de Janeiro, em 1974. Durante a infância, morou na California e em Paris. Formada em jornalismo pela PUC-RJ, a autora escreve roteiros de cinema e televisão e tem três romances publicados. Luiza Brunet é sua segunda biografia.

Trecho: 
Era para eu me chamar Amélia. Meu pai queria fazer uma homenagem
dupla: a ele próprio e à minha avó. Minha mãe não gostou:
“Amélia Luiza Botelho da Silva, não! Põe só Luiza!” Naquela época, ela
ainda não sabia que Luiza era também o nome de uma ex-namorada
dele. Ou melhor, de uma ex-amante. Foi assim com a maioria de nós:
Lúcia, eu, Leid, Lucenir, Luciana. Não sabemos – e já não saberemos
mais – até que ponto isso é verdade. Se esses nomes todos começados
pela letra L eram um desfile de ex-afetos do meu pai. Minha mãe
acatou, ingênua. 

Meus pais se conheceram em Benfica, subúrbio do Rio de Janeiro.
Mamãe estava de férias com uma das onze irmãs, a casa de meu
pai ficava logo ao lado. Ele era noivo de outra garota, mas se encantou
com ela, terminou o noivado e, quando mamãe voltou para
São Sebastião do Alto, no interior do estado do Rio de Janeiro, foi
atrás. Era carnaval, ela tinha 16 anos e era a temporã da família.
Estava acostumada com um pai rígido, delegado, mas era tratada
como princesa: costurava, bordava, estudava, tocava piano. Quando
chovia, corria para se molhar, depois pegava tanajura, brincava de
amarelinha, pega-pega, ciranda de roda. Quando voltava para casa,
molhada, levava bronca e surra de cinto. Lugar de moça de respeito
era atrás da janela da sala.

(...)

3 comentários:

  1. Oi Paula.
    Então, não sou muito de ler biográfias, não faz meu gênero.
    Mas não conhecia nem a autora e nem o livro.
    Mariana - WTF. [{ Sobre livros,filmes e séries.}]


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  2. fiz meu layout no cor seletiva também.
    Igual você. :)

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  3. Legal pra quem é fã. :)

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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