(Resenha) Amor nas Entrelinhas - Katie Fforde

Edição: 1
Editora: Record
ISBN: 9788501093127
Ano: 2014
Páginas: 400
Tradutor: Marilene Tombini

Prestes a ficar desempregada, Laura Horsley acha que o convite para ajudar na organização de um festival literário veio bem a calhar. Mas quando recebe a missão de convencer o famoso escritor Dermot Flynn a comparecer ao evento, ela é dominada pelo pânico. Dermot é temperamental, nunca sai de casa e enfrenta um bloqueio criativo. É também o escritor favorito de Laura, além de extremamente atraente e dono de uma longa lista de conquistas amorosas. Por isso, não é de surpreender quando ele diz que só vai participar do festival se ela concordar com uma única condição, que pode colocar em risco não só o sucesso do evento, mas também o coração de Laura.

Olá, pessoal! Como prometido, aqui estou eu de volta com as resenhas e atividades do blog! Comecei a ler Amor nas entrelinhas (pasmem) em Julho, só que aí todo dia tinha jogo e prova... E enrolei horrores. As primeiras 200 páginas passaram voando, mas depois delas... Mas antes disso, vamos começar pela história, ok?

Laura é um tipo de mulher bastante incomum. Ok! No quesito leitora  assídua ela se parece bastante com muitas pessoas que conheço, mas no resto não. Que resto? Super quietinha, nada namoradeira (quando eu digo nada, é NADA MESMO), super satisfeita com seu trabalho em uma livraria e que não planeja mudar em nada. Acontece que não controlamos o que acontece em nossa vida, certo? Laura também não pode fazer isto e se vê prestes a ficar desempregada, uma vez que a livraria onde trabalha irá fechar.

Mas quando a vida nos fecha uma porta sempre damos um jeitinho de pular a janela e é no último evento da livraria que Laura conhece a pessoa que vai lhe indicar um novo caminho. Laura só não imaginava que o mesmo teria tantas pedras, ou melhor uma pedra só... Mas bem pesada! O caminho em questão é organizar um super evento literário (que poderá lhe abrir portas para um outro emprego posteriormente) e a super pedra no caminho se chama Dermot.



Dermot é um escritor bem famoso (que por sinal a Laura ama, do tipo super fã) que há um bom tempo não publica nada, não aparece, não dá entrevistas... Só fica quieto e escondido na cidadezinha onde mora. Então porque Laura vai ir atrás justamente dele? Porque bem... A participação de Dermot no evento é a condição imposta pela pessoa que poderá se tornar patrocinadora do evento. O que Laura precisa fazer? Viajar até a cidadezinha onde Dermot se escondeu e convencê-lo a aparecer para o mundo. Será que vai dá certo?

Sabe aquele livro super animado, com personagens cativantes que você lê 200 páginas e parecem que foram só 20? Pois é... Encontramos esse tipo de história na primeira metade de Amor nas Entrelinhas, mas parece que na segunda metade a autora meio que se perdeu.

Comecei a leitura achando a história bastante criativa e amando profundamente a protagonista, mas a mesma começou a ficar bastante enjoadinha com o passar das páginas. Não sei se é meu histórico problema com romance ou com personagens com síndrome de Bella (aquela de crepúsculo), mas no momento em que a personagem começou a ficar insegura com o homem em questão eu passei a ficar meio entediada. Dermot é outro que não me impressionou.

Acho que minha grande decepção com a história se deu pelo fato de até um certo momento parecer que ia rolar algo diferente, mas no final das contas ter sido só mais do mesmo : Mais um romance fofinho, pra ler em um dia frio acompanhada de um chocolate quente. Se eu esperasse exatamente esse tipo de romance, provavelmente estaria satisfeita, mas como o inicio meio inusitado me fez esperar por algo a mais eu não consegui gostar tanto do que a autora passou nessas 400 páginas.

A narrativa é bem levinha, bem rápida como é de se esperar de livros dos gêneros, e é feita em terceira pessoa sob ponto de vista da Laura, o que considero como um ponto negativo. Acredito que a história teria sido melhor transmitida se tivesse sido feita em primeira pessoa ou em terceira pessoa sob vários pontos de vista.

Sobre a edição do Grupo Editorial Record não tenho o que reclamar. Achei a capa simples e clichê, porem tão fofa e tão relacionada a história que não tem como não ficar encantada. O tamanho das letras também é bastante agradável para leitura e o papel é off-white, amareladinho e não cansa as vistas como acontece em papeis super brancos.

Recomendo a leitura para quem gosta de histórias fofinhas/romances super meigos! :D

Se eu escrevo um livro e alguém deteste, tudo bem, a pessoa pode simplesmente deixar de lado e pegar outro. Se um autor de livros infantis produz uma porcaria, a criança que ler, ou tentar ler, pode nunca mais pegar em outro.