(Resenha) O Maravilhoso Agora - Tim Tharp

Avaliação: 3/5
Edição: 1
Editora: Record
ISBN: 9788501403902
Ano: 2014
Páginas: 320
Tradutor: Juliana Romeiro

Sutter Kelly é O Cara, o rei das festas. Porém, diferente dos amigos adolescentes, não está preocupado com o futuro, está mais interessado em viver o agora. Com um 7Up batizado nas mãos ele está pronto para qualquer coisa. Mas nem tudo anda bem para ele. Vive discutindo com a mãe, o pai há anos não dá notícias, e sua namorada Cassidy lhe deu um pé na bunda. Em meio a esse caos, a doce Aimee pode despertar Sutter para outra realidade. E, pela primeira vez, ele tem o poder de fazer a diferença na vida de alguém, ou de arruiná-la para sempre. O livro que deu origem ao filme

O maravilhoso agora, em inglês The Spectacular Now, fez tanto sucesso fora do Brasil que até ganhou uma adaptação cinematográfica, com mesmo título em inglês, e foi por causa da adaptação (que eu assisti só por causa da Shailene) que meu interesse pela leitura do livro, quando anunciada a publicação pela editor Record aqui no Brasil, foi imediato. Acontece que quando terminei a leitura aconteceu exatamente o que é descrito na capa do livro : não sei se fiquei encantada ou furiosa com o protagonista, não sei se amei ou odiei o livro.

Sabem a música Pais e Filhos que diz a frase ' É preciso amar como se não houvesse amanha? ', então, Sutter -  nosso protagonista - vive algo semelhante, mas troque o amar pelo viver. Pois é, Sutter não pensa no futuro ele pensa no agora. Sua vida é baseada em não se preocupar com profissão, faculdade e no  amanhã e sim em festas, bebidas e coisas do tipo. Por esse motivo ele dificilmente consegue manter um namoro, afinal, ser engraçado e  despreocupado as vezes é agradável, mas namorar com alguém assim 24 horas não é sustentável. Por esse motivo Cassidy, sua atual namorada, terminou o relacionamento que tinham e para ele, só para ele, era perfeito.



Então imaginem o que pode acontecer quando esse tipo de cara, todo errado, decide que é de fundamental importância na vida de alguém, que vai ajudar alguém a ter uma vida mais agradável... Alguém que é super fofa, super inteligente e cheia de planos para o futuro. Estamos  falando de Aimee que talvez precisasse realmente de uma ajudinha para saber se impor mais e ser menos passiva, mas nada nível ajuda do Sutter, mas é claro que ele não percebe e ajuda mesmo assim. Será que algo de bom vai resultar dessa mistura inusitada?

Antes de qualquer coisa preciso dizer que Sutter é o tipo de pessoa que costumo odiar, provavelmente por eu ser do tipo que gosta de planejar tudo e por ser incapaz de entender as pessoas que "vivem a vida loucamente", mas é meio impossível não se encantar com o personagem através da narrativa do Tim Tharp. Se encantar e também odiar, vale ressaltar que é o tipo de livro que te faz viver todos os tipos de emoções.

A narrativa é feita em primeira pessoa, sob ponto de vista do Sutter, então nós acompanhamos toda essa trajetória direto da cabecinha 'problemática' dele e por mais que você seja careta e super certinho em alguns momentos acaba concordando com as atitudes dele, porque a naturalidade é tão grande que você acaba aceitando o que ele pensa e faz. Mas não pense que o personagem é mal trabalhado e superficial, muito pelo contrário ele é bastante profundo e demonstra isso em vários momentos, principalmente depois de passar mais tempo com Aimee - outra personagem construída com mestria - .Apesar de ter gostado muito da narrativa, de ter entendido o personagem em diversos momentos não posso negar que em outros fiquei irritada, fiquei pensando " alguém coloca juizo na cabeça desse garoto" e sinceramente? Acho que essa foi exatamente a intenção do autor. Classificar com estrelinhas? Poderia dar facilmente 5, ou uma apenas. É o tipo de livro que te leva aos extremos... Mas parando para pensar, só por causar essas reações extremas já merece 5 estrelas, né? Acho que virei fã do Tim Tharp.

Mas posso garantir que fã da Record eu sou! Mais uma vez a editora está de parabéns pelo trabalho feito na capa, na diagramação e também na divulgação! Recebi o livro em um kit super fofo, não tem como não morrer de amores!

Além do mais, não importa se é real. Quando se trata de sonhos, nunca importa. Eles não passam de boias salva-vidas a que se agarrar para não morrer afogado. A vida é um oceano, e quase todo mundo está agarrado a um tipo de sonho para se manter na superfície.