A 1222 metros de altitude, um acidente de trem. Uma impiedosa nevasca. Um hotel centenário. E um assassinato! Uma ex-policial, tão astuta e brilhante quanto sarcástica e antissocial, é a única pessoa capaz de solucionar o mistério da morte de um dos 269 passageiros de um trem descarrilado. Isolados do resto do mundo por causa da neve, uma atmosfera de medo, hostilidade e desconfiança instala-se no hotel onde eles se refugiaram.
Mas Hanne não quer se envolver. Ela sabe que a verdade cobra um preço muito alto. Ao longo dos anos, sua busca por justiça lhe custou o amor de sua vida, sua carreira na polícia de Oslo e a própria mobilidade.
No entanto, encurralada por um assassino, encurralada pela pior nevasca da história, Hanne - e os outros passageiros - não tem saída.
Em uma situação extrema, as máscaras logo caem... E, nesse grupo, muitas pessoas não são o que parecem. Aliando sua capacidade de dedução a seu instinto, Hanne mergulha em um enigma difícil e surpreendente.
Sempre que termino um policial a sensação é a mesma, um sentimento de que eu deveria ser detetive. Tirando Sherlock Holmes e Se arrependimento Matasse (do autor nacional, Alma Cervantes), todos os outros que me arrisquei a ler eu descobri antes de ser revelado quem é o vilão em questão. Não que os livros sejam de fato previsíveis, não vi ninguém falando que 1222 era previsível, mas para mim foi. De novo isso aconteceu com um policial, e isso me deixa um pouco frustada.
1222 é o oitavo livro de uma série (Hanne Wilhelmsen), coisa que só vim a descobrir agora quando comecei a escrever a resenha. Para minha sorte as histórias são independentes, como outras séries de romances policiais, então não tive nenhum problema para entender. Ainda que, tenha tido algumas surpresas com a vida pessoal da protagonista. O que não foi muito legal, já que eu estou com uma péssima mania de "shippar" personagens", enfim. Anne Holt é uma autora da Noruega e seus livros são ambientados neste país, por sinal esse é o primeiro ponto positivo da obra, já que conheço pouco sobre o lugar e culturalmente falando é bem bacana entrar em contato com algo do tipo. Motivo pelo qual desejo ler outros livros da autora.
1222 metros de altitude. Um acidente de trem em meio a uma tempestade nunca antes vista e várias pessoas, desconhecidas entre si, presas em um hotel sem contato algum com o resto do mundo. Entre eles um grupo misterioso de um vagão que estava isolado, e que continuam isolados em um andar especial do hotel. Entre eles também um assassino. Qual a motivação para os assassinatos acontecerem? Existe uma? Ou é só algum psicopata, com sede de sangue? Essas perguntas serão respondidas por Hanne que, mesmo sem querer se envolver, vai acabar decifrando todo o mistério. Afinal, era fazendo isso que vivia antes de levar o tiro que lhe tirou toda mobilidade da cintura para baixo.
Não vou falar muito sobre a história em si, primeiro porque o básico foi dito no paragrafo anterior, segundo porque eu vou acabar dando spoiler, e em livros do gênero qualquer spoiler é banal. Primeira coisa que senti durante a leitura é que a Hanne é uma personagem um tanto chata, o que me fez ficar um tanto curiosa sobre o porquê dela ser assim. Me fez querer saber se ela era assim antes da sua vida ser transformada, ou se é de nascença. Acho que vou ter que ler os outros livros para saber, né? Enfim, mas o que tem de chata tem de inteligente e quando nenhum dos outros personagens imaginava quem poderia ser o assassino, eis que ela surge com a resposta. Fico imaginando como seria Hanne na fase alta da sua carreira. Já falei que quero os outros livros, certo? hahaha
Tirando a questão da personagem ser chata e de eu ter adivinhado quem era o culpado antes da hora, todo o resto completamente arrebatador. A narrativa da autora é tão agradável que, mesmo sendo narrada em primeira pessoa pela personagem não mais cativante do mundo, você não consegue parar de ler. Tive até que deixar o livro meio parado, porque percebi logo no começo que não iria largá-lo assim que a história "esquentasse" e eu precisava estudar.
E então vem a parte cultural que neste livro foi bem pouca, mas acredito que nos outros da autora seja bem presente e que eu considero um dos fatores mais importantes e interessantes não só desse livro, mas de todos. Agregar conhecimento sobre outros países é sempre algo prazeroso, pelo menos para mim. E então vem a questão de umas criticas a sociedade de forma geral que estão presentes de maneira discreta na história, que são boas para refletir. Outro ponto para a autora!
Posso dizer, resumidamente, que Anne Holt conseguiu me conquistar. Admito que assim que conclui a leitura fiquei bastante chateada por ter acertado o palpite, mas quando se para para refletir sobre é impossível ficar insatisfeito com a autora. Fãs de romances policiais provavelmente vão gostar bastante da história.
Quote :
(...) Meu relacionamento com as pessoas é- como posso dizer? - mais teórico em sua natureza. Prefiro não ter absolutamente nada a ver com elas, o que pode facilmente ser interpretado como falta de interesse. Isso não é verdade. As pessoas me interessam. É por isso que assisto muito à televisão. leio livros. Tenho uma coleção de DVD's que faria inveja a muitos. Nos bons tempos era uma ótima investigadora. Uma das melhores, eu gostava de pensar. isso seria impossível sem certa curiosidade quando se trada da história de outras pessoas, da vida de outras pessoas.
É meio chato quando descobrimos o vilão antes da hora, mas ao mesmo tempo é ótimo porque ficamos nos sentindo as investigadoras...rs'
ResponderExcluirGosto de personagens que não são perfeitinhos e até mesmo rabugentos assim como Hanne parece ser...
Acho que gostaria bastante do livro...
Beijos...
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Até então, pelo que eu tinha visto, esse livro não tinha me chamado a atenção, porém agora fiquei com bastante vontade de lê-lo. Adoro romances policiais porque as histórias absorvem minha total atenção e quase sempre não consigo largar o livro até termina-lo. Gostei da sinopse, apesar de ter me lembrado muito Agatha Christie, mas acho que seria uma boa leitura!
ResponderExcluirBeijos,
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Tenho bastante vontade de ler esse livro, e que bom que a leitura é instigante. Pena ser o oitavo livro, pois mesmo as histórias sendo independentes me conheço e não vou conseguir começar da metade. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
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Oi Paula,
ResponderExcluirNos últimos tempos venho tendo o mesmo problema com livros policiais: tudo me parece tão previsível (inclusive o vilão), que a estória acaba perdendo a graça.
Pior que tinha achado a sinopse de 1222 bem interessante, mas agora acho q não vou me arriscar.
Abraço,
Alê
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Oi Paula, tudo bom?
ResponderExcluirEu amo livros do gênero policial e estou bem curiosa para conferir esse livro. É a segunda resenha que leio a resenha dessa história e me bateu a curiosidade. Eu quase nunca consigo decifrar o assassino, mas é muito chato que isso tenha ficado tão evidente.
Vou recomendar Dias Perfeitos do Raphael Montes que é um policial muito bom e eu li recentemente.
Beijos!
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Ei, Paula! Tudo bem?
ResponderExcluirPois é, eu te entendo, é uma droga quando você descobre o culpado/assassino em um romance policial, isso acaba retirando o impacto que o livro poderia ter... Ainda assim, como boa fã do gênero que está precisando ler mais coisas do tipo, a dica de "1222" está anotada! Eu super curti o fato do livro se passar na Noruega, não me lembro de ter lido alguma outra história ambientada no país e isso me animou ainda mais! Bjs
Jéssica - http://lereincrivel.blogspot.com.br/
Oi Paula!
ResponderExcluirEu adoro livros de suspense e nunca tinha ouvido falar desse. Parece ter elementos interessantes. Pena que o cerne da história (descobrir o assassino) foi tão previsível par você, mas que bom que a jornada valeu a pena.
Beijos
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ResponderExcluirOi Paula, td bem?
ResponderExcluirVixe é bem complicado qnd a gente não gosta da personagem principal e o livro é narrado por ela. Sempre tenho dificuldade com esses livros.
Pelo o q vc disse o bacana é que ele explora outros cenários.
Sai um pouco dessa mesmice de Estados Unidos.
Enfim, ótima resenha.
O livro parece bom, eu nunca tinha ouvido falar, mas adoro esse gênero mistério.
Bjos!
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