Edição: 1 |
Há muito tempo atrás, as guerras de um anciente Mal arruinou o mundo e a humanidade foi forçada a competir com muitas outras raças - gnomos, trolls, anões e elfos. No pacífico vale de Shay o meio-elfo Shea Ohmsford sabe pouco de tais problemas, isso até o gigante proibido com poderes druidas estranhos, Allanon, lhe revelar que o supostamente morto Lorde Warlock está tramando para destruir o mundo em pequenas parcelas. A única arma capaz contra seu poder da escuridão é a Espada de Shannara, que pode ser usada apenas pelo verdadeiro herdeiro de Shannara. E Shea é o último dessa linhagem e nele repousa a esperança de todas as raças. Logo o Portador da Caveira, um pavoroso favorito do Mal, se dirige para o Vale para matar Shea. Para salvar o Vale da destruição, Shea foge, levando em seu encalço o Portador da Caveira.
Quando vemos um livro de fantasia épica a primeira coisa que pensamos é que o livro fala de um povo que teria vivido muitos e muitos anos atrás. Então você imagina que Terry Brooks seguiu essa linha, mas você está enganado. Eu estava enganada. Quando comecei a leitura me deparei com um mundo futurista, onde tudo que conhecemos hoje foi destruído por incontáveis guerras. Bem, não tudo. Os poucos livros que sobraram sobre as descobertas do passado foram mantidos por alguns estudiosos, chamados druidas, que sonhavam em melhorar o mundo com os conhecimentos do passado, porém evitando cometer os mesmos erros dos antepassados. Mas os druidas não foram os únicos seres que restaram, permanecer vivo foi uma tarefa muito difícil. Grupos de pessoas que estavam próximas tiverem se adaptar as mudanças ocorridas no meio ambiente. Essas mudanças dependiam do local onde estavam, cada povo mudou de acordo com o que era necessário para sua sobrevivência, tipo a Teoria de Darwin da evolução, sabe? E foi assim que surgiram gnomos, trolls e anões. Também temos os humanos, que não precisavam mudar tanto, e os Elfos... Mas os elfos são história para outro livro, ainda não descobrimos muito bem sobre eles nesse primeiro volume.
Com essa pegada Tolkien futurista, Terry Brooks nos apresenta os irmãos Flick e Shea. Flick é humano, Shea é mestiço - meio humano, meio elfo - e não ser irmãos de sangue não muda nada no relacionamento dos dois. Eles se amam tanto quanto filhos de mesma mãe e pai. Tudo muda na vida dos dois, quando um homem misterioso, chamado Allanon, surge na pequena vila em que moravam, fazendo revelações inacreditáveis que, a principio, nenhum dos dois levou a sério. Só que não demorou muito para descobrirem que Allanon contava a verdade, pelo menos a verdade sobre o risco de vida que Shea corria.
Shea se viu obrigado a seguir os conselhos de Allanon. Flick, sendo o bom companheiro que é, não deixou o irmão partir para essa jornada sozinho e juntos fizeram uma viajem perigosa para Culhaven, terras sob domínios dos anões e onde Allanon disse que iriam poder encontrá-lo novamente. Para chegar ao destino, contaram com a ajuda do fiel amigo de Shea, Menion que não acreditava em uma palavra da lenda contada pelo desconhecido, mas não poderia deixar o amigo passar por terras tão perigosas sozinho. Será a lenda sobre a Espada de Shannara verdadeira? Será Shea, de fato, o herdeiro da Espada que será capaz de derrotar o Lorde Feiticeiro? Será que todos esses rumores sobre a grande guerra que se aproxima, verdadeiros?
Genial, porém cansativo. Leio muitos épicos, muitos mesmo, e é normal nesse gênero a narrativa ser mais lenta e super descritiva. Então meio que me surpreendi por ter achado cansativo em alguns momentos, porque estou acostumada. Não sei se foi a falta de paciência em que me encontrava esta semana, ou se foi mesmo o livro, mas algo não funcionou 100%. Só que mesmo tendo ficado exausta em alguns momentos, só consigo pensar que todo universo criado pelo autor é incrível.
Sou suspeita para falar do gênero, já que é meu preferido, mas quando misturam todos esses seres tão conhecidos pelos leitores por causa do famoso Senhor dos Anéis, eu geralmente acabo gostando. E ainda temos todo o diferencial pela história ser no futuro e toda explicação da evolução/adaptação dos seres que achei muito bacana. Soma-se isso a uma boa dose de suspense, porque Allanon nunca conta a lenda completa sobre a espada e porque a narrativa é sob vários pontos de vista - terminando os capítulos sempre daquele jeito - , e o livro se torna uma leitura obrigatória para os amantes do gênero. Mas gravem bem na memória a questão do livro ser para amantes do gênero. Se você está acostumado a ler só Harry Potter, Percy Jackson e John Green não comecem a se aventurar em fantasias épicas com esse livro. Vocês não vão conseguir terminar. Indicaria para os iniciantes Mago Aprendiz, também da Saída de Emergência Brasil, que é bem mais leve.
Voltando ao que interessa... Outra coisa que amei foi a construção dos personagens. É muito difícil não gostar de um livro em que os personagens são tão cativantes. Principalmente o Menion, deve ser minha quedinha história por arqueiros, mas ele realmente foi meu preferido. Não dava nada pelo personagem e ele acabou me surpreendendo, não vou dizer porque me surpreendeu, obviamente.
Sobre a edição não tenho o que reclamar. Não me lembro de ter encontrado erros, se teve algum não foi grave e nem percebi. A capa está linda e ainda vem com um mapa/poster que ajudou muito na leitura. Aliás eu acho fundamental nesse tipo de história ter mapa. Os personagens sempre estão viajando e se não tiver acabamos ficando perdidos. Saída de Emergência como sempre caprichando muito nas edições. Super recomendo, mas só para os leitores citados na observação feita anteriormente.
(...) Permanecem satisfeitos porque esses problemas ainda não os alcançaram e porque o medo do passado os persuadiu a não encarar o futuro.
A sinopse já tinha me deixado bem curiosa e aí você diz que é futurista? Quero agora! Fiquei um pouco receosa quando você disse que é cansativo, mas se ainda assim você elogiou tanto vale a pena. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Primeira resenha que leio eu acho do livro e não tinha vontade de ler e agora que ferrou tudo, sua resenha foi super elabora, super bem feita, parabéns, mas não é um livro que me chamou atenção
ResponderExcluirBrubs
http://contodeumlivro.blogspot.com.br/
Olá, tudo bem??
ResponderExcluirParece-me uma história super legal e cheia de aventuras ein... Mas se for meio parecido com os senhor dos anéis não vou gostar tanto, porque não gostei do senhor dos anéis rsrsrsrs. Mas pela premissa que vc descreveu acho que seria uma leitura bem intensa já que esse tema está sendo novo pra mim e os livros que tenho lido tem me cativado... Eu gostei muito do desenho dos mapas ficaram ótimos... Xero!!!
http://minhasescriturasdih.blogspot.com.br/
Adoro livros que têm uma imagem para melhorar a nossa imaginação... Um mapa, uma foto da cidade... Enfim, exatamente como este!
ResponderExcluirAdorei a resenha, e espero poder ler o livro logo!
Beijos,
Ana M.
http://addictiononbooks.blogspot.com.br/
Oi, Paula! Adorei a sua resenha, garota! Bom, não estou muito acostumada a ler fantasias épicas e tenho certeza que me daria mal se começasse com esse livro, como você mesma disse. Isso porque leio mais romances que tudo, sabe? Então ficaria bem, bem perdida. Mas peguei essa tua dica de outro livro da editora para começar. Obrigada!
ResponderExcluirUm beijo grande,
Doce Sabor dos Livros - Aguardo a sua visita! ♥
Oi, Paula =)
ResponderExcluiré, este parece ser um livro difícil para quem está iniciando no mundo da fantasia. Eu estou louca para ler este livro, ainda mais sendo de um autor que gosto muito, pois já li sua série A VIAGEM e gostei muito. Quero ler também A ESPADA DE SHANNARA e tirar minhas conclusões.
Beijos,
Livy
No Mundo dos Livros
Nossa amei esse mapa!!! ótima resenha!
ResponderExcluirBjs
http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/
Lindo esse livro...
ResponderExcluirEstou curiosa por ele, mas não pretendo lê-lo por agora, já que não sou muito fã
do gênero, estou apenas curiosa pelo livro mesmo.
http://soubibliofila.blogspot.com.br/