Review : Trapaça

Quando saí a lista de indicados ao Oscar em 90% das vezes eu nunca vi nenhum dos filmes mais indicados. Inicialmente nenhum deles me chamam atenção. E então... saí a lista e eu fico: "Poxa, esse filme teve tanta indicação. Porque não vi ainda? Qual o meu problema?" Parte da culpa desse "Porque não vi ainda?" é da demora dos filmes a serem lançados no Brasil, outra é minha falta de interesse mesmo. Ao sair lista do Oscar 2014 fiquei intensamente interessada em 3 filmes em especial : Trapaça (que eu já iria ver pela Jennifer), 12 anos de escravidão (que teve muita indicação) e Dallas Buyers Club, esse último porque preciso ver o que o Jared Leto, um ator que costumava ser tão mais ou menos (mesmo sendo muito lindo), fez para merecer tantas indicações, alguma delas já vencidas.

Trapaça - Sinopse: Um vigarista brilhante, Irving Rosenfeld (Christian Bale), que junto com sua parceira britânica e amante, mas assustada golpista novata, Sydney Prosser (Amy Adams), são recrutados e forçados a trabalhar para um agente do FBI, Richie DiMaso (Bradley Cooper), que os empurra para um mundo de agentes do poder de Jersey e mafiosos que é tão perigoso quanto ele é encantador. A operação envolve, eventualmente, o prefeito de Camden, Nova Jérsei, Carmine Polito (Jeremy Renner), preso entre os golpistas e federais. A esposa de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence), poderia ser a única a puxar o fio que faria o mundo inteiro desabar.

Trapaça já era um filme muito esperado só pelo elenco principal com nomes de muito peso : Amy Adams, Jennifer Lawrence, Christian Bale e Bradley Cooper. Fiquei encantada com as atuações, quando o filme acabou eu só conseguia dizer : QUE FILME! Mas a verdade é que ele não foi tão brilhante assim...

O filme começa intercalando passado e presente, nos mostrando como Irving Rosenfeld (Christian Bale), Sydney Prosser (Amy Adams) e o agente do FBI Richie DiMaso (Bradley Cooper) se uniram. Irving e Sydney são dois grandes vigaristas, que além de serem unidos pelos seus golpes são também unidos emocionalmente e é aqui que entra a querida de muitos Jennifer Lawrence, que é a esposa do Irving, Rosalyn Rosenfeld. A intenção do Richie era usar a experiência em golpes da dupla, para desmascarar políticos corruptos. Ao tentar fazer isso acabam enfrentando, é obvio, diversas situações perigosas, que acabam transformando cada um dos personagens.

Foi tudo bastante confuso no começo, fiquei com dificuldade para entender algumas coisas que só depois de um bom tempo acabaram se tornando claras. O filme, se fosse só pelo enredo, seria bem massante. Porque não foi? Pelo detalhe citado anteriormente : A atuação de cada um dos personagens principais. É incrível como é possível sentir cada situação vivida e você acaba se imaginando dentro do filme. Não tem como negar: Fiquei apaixonada. Acho que de todos o que eu mais gostei no filme foi o Bradley, já tenho uma quedinha por ele desde O lado bom da vida e a diferença entre os dois personagens foi tão gritante que eu daria todos os prêmios do mundo para ele. Os outros 3 também não deixaram a desejar.

Mas então vocês percebem : Paula só está elogiando o elenco. A questão é que só tem isso para elogiar. Fiquei eufórica com o filme a principio mas... se você esquecer a animação por ver trabalhos incríveis nos personagens e pensar na história e em todo resto, vê que não tinha nada muito relevante ali, não que justifique tantas indicações ao Oscar. Bem talvez o figurino também tenha sido muito bom.

O filme tem pontos dramáticos bem baixos, assim como também os engraçados. Talvez a única coisa realmente interessante sobre a história foi esperar para descobrir se os planos para desmascarar os corruptos dariam certo ou não e o que aconteceria aos personagens após isso. É uma boa distração, mas não esperem nada memorável.

Como vocês podem observar foram comentários bem vagos sobre a história e sobre todo resto, mas é essa realmente a intenção: Breves comentários sobre os filmes que de destacaram nessas premiações do começo do ano. Até o próximo ;)

Avaliação: 3.5/5