Resenha: Conquista (Ally Condie)

• Edição: 1
• Editora: Suma de Letras
• ISBN: 9788581051840
• Ano: 2013
• Páginas: 360
• Tradutor: Elise Olímpio

• Compare&Compre: buscapé
• Resenhas do 1º e 2º livro: DESTINO - TRAVESSIA

Sinopse: Em uma Sociedade que não permite escolhas nem imperfeições, um pequeno erro pode ser o elemento que faltava para iniciar uma revolução. 'Conquista' é a continuação de Destino e Travessia. No livro, a autora retoma a história de Cassia Reyes, jovem que pertence a uma sociedade controlada por um Estado totalitário ainda que nele não haja pobreza e a população tenha acesso a direitos básicos, como alimentação, moradia e emprego. O futuro de Cassia não poderia ser mais incerto agora que ela resolveu seguir para as sombrias Províncias Exteriores, campo de extermínio dos cidadãos banidos pela Sociedade. Ela está à procura de Ky Markham, com quem desenvolveu uma relação proibida, e que havia sido aprisionado, com um destino que se encaminhava para a morte certa.

Como foi prometido... Resenha de Conquista, terceiro livro da Trilogia Destino. Cassia e, não por vontade própria, Ky se juntaram finalmente a Insurreição, organização que o Xander já fazia parte a um bom tempo. Pois é, Xander o cara perfeito, futuro médico, que parecia completamente fiel a comunidade não era nada do que esperávamos. Tem mais sede de mudança e liberdade do que o próprio Ky, que sofreu com a sociedade a vida toda.

Cada pessoa na Insurreição é destinada a uma função de acordo com suas habilidades e como sabem o que cada um é capaz de fazer? Simples, pelos próprios dados da sociedade. A insurreição tem pessoas infiltradas em vários departamentos e é assim que Cassia e Xander vão contribuir : de dentro da sociedade. Já Ky, em sua condição de aberração é um dos pilotos, que eu achava que iria atuar na guerra... mas não foi bem isso que aconteceu.

Como esse terceiro livro é narrado do ponto de vista dos 3 personagens principais : Xander, Cassia e Ky, ficamos sabendo o que ta rolando em vários ambientes, já que eles estão separados. Vou resumir bastante a situação, porque nessa resenha eu quero focar na opinião e não no resumo.As pessoas estavam ficando doentes do nada (coisa que nunca acontecia na sociedade), e a sociedade, apesar de conhecer a cura não tinha condições de produzir em grande escala. A Insurreição tinha e foi assim que conseguiram o poder, já que a sociedade não podia deixar todos morrerem, incluindo seus "governantes".

A insurreição não tinha começado essa Praga. Tinha dado a solução. E as pessoas precisavam saber disso. elas não podem apreciar a solução a não ser que saibam que há um problema.
Assim, a Insurreição tinha que deixar que as pessoas ficassem doentes. Mas em grande parte das revoluções muitos têm que morrer.
 Assim é muito melhor.

Algumas pessoas eram imunes a doença, nelas o vírus não se propagava. Isso acontece porque algumas já foram escolhidas pela insurreição desde pequenas e foram imunizadas, outras já faziam parte da insurreição e foram imunizadas posteriormente. Acontece que o Vírus sofre uma mutação  e a cura não é forte o suficiente sendo necessário desenvolver uma nova cura e é por esse motivo que Ky, Cassia e Xander se unem novamente, indo até as províncias exteriores atrás de uma pessoa que pode ser capaz de encontrá-la.

Fui cheia de expectativa para o encerramento dessa distopia, mas muito do que eu esperava não aconteceu. A surpresa foi bem grande. Geralmente, em distopias, o controle é tomado pelo grupo rebelde através de uma guerra ou pelo menos de um "porradeiro" , então esse foi um diferencial que, ao se parar para analisar, tornou a história única. A narrativa poética da Ally Condie é outra característica que possibilita essa unicidade. Não vou dizer que me não me irritou, porque eu GOSTO do porradeiro, mas refletindo sobre o assunto, me toquei de que fugir do padrão foi genial.

Mas então você imagina que foi meio sem noção a tomada do poder sem uma disputa propriamente dita. Acontece que, como disse anteriormente, a Insurreição tinha gente infiltrada na sociedade. O que impedia de acontecer o contrário? Nada. E foi exatamente isso que aconteceu. Já não se sabia mais onde terminava a insurreição e onde começava a sociedade. Que pertencia a o quê. E então... como solucionaram o problema? Não posso contar :P

Mesmo não tendo sido minha distopia preferida, foi uma leitura pra lá de agradável. Por ser diferente, pela narrativa, pelos personagens fofos e pelo final que, de uma maneira ou de outra, foi agradável para todas as partes, mesmo que não tenha sido um final, FINAL, foi um encerramento com promessa de uma vida melhor e de felicidade para todos envolvidos. Recomendo, principalmente para quem aprecia distopias e narrativas poéticas :D

- Você acha que poderia fazer isso? - pergunta ela.
- Voar? Talvez.
- Não - diz ela. - Você acha que poderia deixar alguém ir, se você achasse que seria melhor para ele?
- Não - retruco. Eu teria que saber que era o melhor para ele.

Você normalmente não escolhe a medida de sofrimento ou o grau de felicidade que tem.
Não mereço nem seu amor, nem essa doença.
Esse é um pensamento estúpido. As coisas acontecem, quer você as mereça ou não. 

Minha Avaliação : 4/5 (admito que quando terminei de ler dei 3 estrelas, mas quando parei para refletir e escrever a resenha seria impossível chamar esse livro só de bom, foi muito bom de fato)
Média do Skoob: 3.9/5