Resenha : Insurgente (Verônica Roth)

• Autor: Veronica Roth
• Páginas:  511
• Ano: 2013 (1º edição)
• Editora: Rocco
• Avaliação: 5/5 ♥
• Compare&Compre: aqui

Sinopse: Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.

PS: Pode existir alguns spoilers do primeiro livro da trilogia - Divergente.

Minha relação de amor com esse livro começa definitivamente pela capa. Porque foi graças a essa capa linda que eu conheci minha distopia preferida, eu simplesmente vi quando esse livro na timeline no meu facebook, logo quando a Rocco lançou e fiquei completamente apaixonada. Por esse motivo acabei comprando Divergente e Insurgente, e o amor que era só pela capa se tornou um grande amor pelos livros, li cada um em um dia... 2 dias seguidos! (Ainda é a capa que mais gosto na minha estante!).

Sinto um calafrio. Ele fala fugir como se acreditasse que nós estamos presos. Eu nunca havia pensado dessa maneira, o que agora parece uma tolice.

Não vou dizer que a continuação de divergente foi tão boa quanto, porque eu estaria mentindo. Insurgente para mim foi realmente muito melhor. A história começa imediatamente depois do final de Divergente, quem leu sabe tudo que a Tris passou, todas as dificuldades e perdas que ela sofreu e não poderia ter um inicio diferente: a Tris ainda está digerindo tudo que aconteceu, ainda está sofrendo por causa das escolhas que foi obrigada a fazer e mesmo com todo sofrimento sabe que não pode se dar o luxo de relaxar, de descansar... porque tudo isso foi apenas o começo de dias muito piores que virão.

 - As vezes - diz ele - acho que você não confia em mim. 

A erudição está no comando depois de tudo aquilo que aconteceu em Divergente, não existe nenhum lugar seguro para viver. Não se sabe em quem confiar. Existe a amizade que prefere se manter neutra, a franqueza e ainda... os sem facção, que não são absolutamente nada parecidos com o que a Tris imaginava. E acima de tudo, existe um grande segredo. Segredo esse que faz as pessoas terem atitudes inimagináveis com a intenção de protege-lo. Segredo esse que faz as pessoas tenham que fazer escolhas, escolhas essas que podem te fazer perder as pessoas que você mais ama... que podem realmente te destruir.  

- Você era egoísta? Não é mais?
- Claro que sou. Minha mãe costumava dizer que todo mundo é egoísta, mas me tornei menos egoísta na Audácia. Descobri que havia pessoas por quem eu lutaria. Por quem eu morreria até. 

Eu já admirava a força da Tris desde Divergente, ela é uma personagem que sabe o que quer e que não é fácil de ser derrubada. Em Insurgente ela ganhou ainda mais a minha admiração, se fosse eu no lugar dela provavelmente teria desmoronado, claro que ela teve seus momentos delicados, mas a força e a determinação que ela continuou a ter, mesmo depois de tudo que perdeu, são admiráveis. Ela luta pelo o que acha certo, pelo o que ela acredita ser a escolha boa para a população mesmo que com isso ela perca quem ela mais ama. Outra característica que eu provavelmente não teria, mas admiro ela completamente por isso.

Eu me entregarei. Isso não vai se repetir. 

Tem muita gente que acha esse livro parado e que fica com tédio no começo. Isso não aconteceu comigo, eu realmente devorei o livro, mesmo no começo. Realmente não tinha muita ação, mas tinha muita coisa acontecendo, muitas escolhas a serem feitas, estratégias a serem boladas. Não tinha como já começar o livro de maneira frenética. E tudo isso é compensado da metade para o fim, é uma revelação mais bombástica do que a outra, com um final ainda mais surpreendente.

Divergente deu um salto no meu ranking de distopias, principalmente por causa da continuação. Geralmente livros de distopia sempre são fechadinhos, falam do que está acontecendo em algum lugar, mas fora daquele ambiente você não sabe muito bem o que acontece. Em insurgente a autora foi genial, quando fez o resto do mundo fazer parte da história. Não vou dizer como, não vou dizer o porquê, uma vez que isso faz parte de uma das surpresas do livro, mas eu amei a Verônica ainda mais por isso.

Capa, diagramação, qualidade do produto... tudo isso nota 10! A Rocco realmente teve um capricho imenso com essa trilogia. O livro 3 é Allegiant, que lança agora em outubro, não aqui no Brasil e sim nos Estados Unidos. Eu estava super ansiosa para ler, até ia comprar o livro na edição americana para ler logo, mas vazaram uns spoilers aí que ... Bem, vou esperar a edição em português mesmo da Rocco, que lança acho que no começo do ano que vem. Definitivamente não tenho coração para ver o fim dessa trilogia, não agora. Não esse mês.

Para amantes de distopias em geral, eu recomendo SUPER! E vamos que vamos esperar por Allegiant! hahahaha